segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Átomos divisíveis

Há vida na esquina daquelas galáxias distantes
E eu durmo
O tempo passa agora mais rápido que antes
E eu esqueço
O caos reside no cerne da própria ordem
E eu arrumo
Trabalho ingrato e incessante que extenua
E eu mereço

Meus átomos viajam na velocidade do som
E eu canso
Meus pensamentos voam na velocidade da luz
E eu brilho
Meu corpo roda nas elipses da órbita terrestre
E eu danço
Pelo misterioso caminho que à humanidade conduz
E eu trilho

O frio na barriga que esta sensação dá
E eu nego
A dúvida cruel que entrava tudo que há
E eu vou
O Cosmos e a filosofia persistentes a negar
E eu pego
Ínfimo, flutuando no infinito meu ser está
E eu sou

Nenhum comentário:

Postar um comentário