Através de caminhos estreitos
Estufam-se os peitos
Gelam-se os estômagos
E nesse emaranhado infinito
É que nasce o conflito
O que pensamos ser, o que somos
Criações da divina providência
Um aglomerado de átomos
Uma coincidência
Únicos, singulares, especiais
Maçante repetição genotípica
E psicológica, todos iguais
Caminhos emaranhados e estreitos
Cruzam-se no peito que chora
Desembocam no estômago da questão
Que impassivelmente nos devora
Talvez deste labirinto
Haja mais de uma saída
Uma sem volta, outra sem ida
Ou talvez nam haja entrada
Meros prisioneiros da caverna
Vendo sombras nas paredes
Mais nada
Nenhum comentário:
Postar um comentário