Venta para longe daqui aura
insalubre de borrasca, venta
Afasta esta tempestade de
sentimentos que me encharca
Esta chuva de pensamentos
Que me atormenta
Fujo desamparado desta noite
agourenta, pois o louco que a
procela enfrenta descobrirá
mais cedo ou mais tarde que
a estrutura não aguenta
A alma se arrebenta
Raios relâmpagos e trovões
Insights da tormenta
Iluminem por um instante
Este ser que se adoenta
Acordem com estardalhaço
A força que por hora se ausenta
Força que salva, que me alenta
E ajuda a soprar para longe
esta aura pestilenta de mágoa
Esta chuva, um pé d'água
Que destroça minha casa
Venta para longe daqui, venta
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Ia
Minha tristeza se irradia
Como lindas gotas prateadas
Choro estas lágrimas enluaradas
Em plena luz do dia
A dura jornada que inicia
Me traz esperanças quebradas
Uno peças disparatadas
No quebra-cabeça da alegria
Antes, firme e decidido eu subia
Hoje estas quedas desenfreadas
Tropicando cegamente nas escadas
Que tão nitidamente eu via
De fato, tudo o que eu queria
Era dar boas risadas
Mas que não viessem acompanhadas
De dor latente, de profunda agonia
Como lindas gotas prateadas
Choro estas lágrimas enluaradas
Em plena luz do dia
A dura jornada que inicia
Me traz esperanças quebradas
Uno peças disparatadas
No quebra-cabeça da alegria
Antes, firme e decidido eu subia
Hoje estas quedas desenfreadas
Tropicando cegamente nas escadas
Que tão nitidamente eu via
De fato, tudo o que eu queria
Era dar boas risadas
Mas que não viessem acompanhadas
De dor latente, de profunda agonia
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Fera
O que penso pesa
O que posso, faço
É que nesse passo
Tudo se despreza
O que passo, lesa
O que quero caço
Tomam um pedaço
Punho se retesa
O que faço cessa
O que penso passa
É uma desgraça
Fera indefesa
O que posso, faço
É que nesse passo
Tudo se despreza
O que passo, lesa
O que quero caço
Tomam um pedaço
Punho se retesa
O que faço cessa
O que penso passa
É uma desgraça
Fera indefesa
domingo, 22 de fevereiro de 2015
DNA
Antes da vida na Terra
Dentre trovões e vapores
Em meio a vulcões e tremores
Nasceu substância insólita
Indo do nada ao magistral
Naquela sopa primordial
A natureza não erra
Toda existência ela encerra
Intrincada espiral da genética
Moldou paciente, toda criatura
Interiorizada na estrutura
Na trama ocasional da estética
A natureza as vezes erra
Criou uma verdadeira guerra
Indo em busca da sobrevivência
Todos os seres em brutal concorrência
O mais fraco encontrando a morte
Sob o peso do mais forte
Induzindo constante mutação
Nutrindo a próxima geração
A natureza sempre erra
Grunhe, ruge, relincha, berra
Uma infinidade de formas de vida
A espécie humana desenvolvida
Nossa complexa mente nos habilita
Imaginar que o destino se cumpre
Natureza, está certa sempre
Até nas vezes em que erra
Dentre trovões e vapores
Em meio a vulcões e tremores
Nasceu substância insólita
Indo do nada ao magistral
Naquela sopa primordial
A natureza não erra
Toda existência ela encerra
Intrincada espiral da genética
Moldou paciente, toda criatura
Interiorizada na estrutura
Na trama ocasional da estética
A natureza as vezes erra
Criou uma verdadeira guerra
Indo em busca da sobrevivência
Todos os seres em brutal concorrência
O mais fraco encontrando a morte
Sob o peso do mais forte
Induzindo constante mutação
Nutrindo a próxima geração
A natureza sempre erra
Grunhe, ruge, relincha, berra
Uma infinidade de formas de vida
A espécie humana desenvolvida
Nossa complexa mente nos habilita
Imaginar que o destino se cumpre
Natureza, está certa sempre
Até nas vezes em que erra
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Fuga
Porta afora, decidido
Passo firme, peito aberto
Da verdade estou mais perto
Deste mundo, desiludido
Vão dizer que fui vencido
Que estou errado, ou que estou certo
Que de razão estou coberto
E mesmo assim, arrependido
Vou tapar o meu ouvido
E dar uma de esperto
Abro o peito, o passo aperto
E logo terei desaparecido
Passo firme, peito aberto
Da verdade estou mais perto
Deste mundo, desiludido
Vão dizer que fui vencido
Que estou errado, ou que estou certo
Que de razão estou coberto
E mesmo assim, arrependido
Vou tapar o meu ouvido
E dar uma de esperto
Abro o peito, o passo aperto
E logo terei desaparecido
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Pari passu
Fio a fio, deslizam por meus dedos seus cabelos
Dia a dia nosso amor fica maior
Meio a meio, dividimos atropelos
De sol a sol, me purifica seu suor
Dois a dois, pavimentamos o caminho
Passo a passo nosso laço a estreitar
Gota a gota, nós sorvemos deste vinho
De mais a mais, não podemos reclamar
Dia a dia nosso amor fica maior
Meio a meio, dividimos atropelos
De sol a sol, me purifica seu suor
Dois a dois, pavimentamos o caminho
Passo a passo nosso laço a estreitar
Gota a gota, nós sorvemos deste vinho
De mais a mais, não podemos reclamar
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