domingo, 22 de fevereiro de 2015

DNA

Antes da vida na Terra
Dentre trovões e vapores
Em meio a vulcões e tremores
Nasceu substância insólita
Indo do nada ao magistral
Naquela sopa primordial
A natureza não erra

Toda existência ela encerra
Intrincada espiral da genética
Moldou paciente, toda criatura
Interiorizada na estrutura
Na trama ocasional da estética
A natureza as vezes erra

Criou uma verdadeira guerra
Indo em busca da sobrevivência
Todos os seres em brutal concorrência
O mais fraco encontrando a morte
Sob o peso do mais forte
Induzindo constante mutação
Nutrindo a próxima geração
A natureza sempre erra

Grunhe, ruge, relincha, berra
Uma infinidade de formas de vida
A espécie humana desenvolvida
Nossa complexa mente nos habilita
Imaginar que o destino se cumpre
Natureza, está certa sempre
Até nas vezes em que erra

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