Sinto que o mundo não cabe em mim
Pressinto que esta ambição a mim não cabe
Sinto muito não ser aquele que tudo sabe
Vivendo no infinito, sou criatura que tem fim
Quisera ouvir todas músicas já feitas
Beijar todas moças que existem, cheirar todas flores
Dizer que amo todos meus amigos, perdoar os agressores
Vivendo num mundo caótico, criaturas imperfeitas
Pudera dividir o átomo a frio, no tempo viajar
Pisar o barro do Nilo, afagar ursos polares
Brincar com meu filho no tapete da sala, expedições lunares
Vivendo uma vida de sonho, obcecado pelo despertar
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