sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Inverno

Inverno covarde
Vento que varre a vastidão
Gélida tristeza que invade
Pela fresta da alma, por um vão
A taverna que hospeda o coração

Inferno que arde
De frio, de fome e solidão
Tépido veneno corre à vontade
Pelas vias venais da razão
Entre corpo e mente, vicinais na contramão

Enfermo, não tarde
A curar a vida, vedar a emoção
Vasculhar em volta pela felicidade
Acalentar a doce ilusão
De ver novamente o vigor do verão

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