E agora?
O que vem agora?
Quando a lágrima extenuada
Já não chora
E o tempo petrificado
Lentamente se revigora
E transcorre inclemente
Como o sol raiando lá fora
Indiferente à neblina
Que trago aqui dentro
É a sina de toda a vida
Perecer
De todo viajante
Ir embora
Na nossa casa
Não tem mais você
E a alegria também já não mora
O olhar solidário
O carinho da família
É o que tenho por hora
E sonharei com o dia
Em que terei no rosto
Aquele sorriso que aflora
Por um instante que seja
Aquela luz benfazeja que explora
As brechas de um coração solitário
Nenhum comentário:
Postar um comentário