Arranca de meus olhos
A última lágrima contida
E de meu íntimo
A esperança suprimida
Pelas agruras
Pela dureza da vida
Arda como nunca
Esta velha ferida
Dormente
Só há uma saída
Decente
Entregar-me a ti
Querida
quinta-feira, 22 de maio de 2014
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Cantiga
Cante para mim
Canção em modo menor
Pra eu me sentir melhor
Pra eu te sentir assim
Esquecer que tudo tem fim
Concentrar-me no bem maior
Antes que fique pior
Dizer menos não e mais sim
Canção em modo menor
Pra eu me sentir melhor
Pra eu te sentir assim
Esquecer que tudo tem fim
Concentrar-me no bem maior
Antes que fique pior
Dizer menos não e mais sim
terça-feira, 20 de maio de 2014
Ódio
Surge do abismo obscuro da mente
Brota no campo sem flores da dor
Tudo transforma em cinzas somente
Pela manhã força o sol a se por
Troa feroz em meu grito demente
Ruge soturno em tom perturbador
Ferve meu sangue, me deixa doente
É um dos lados avessos do amor
Deixa-me livre ó vil sentimento
Quero nutrir só o bem em meu peito
Ser o mais calmo e manso possível
Devo contar como é meu pensamento
Penso que é certamente o respeito
Que faz de mim ser humano invencível
Brota no campo sem flores da dor
Tudo transforma em cinzas somente
Pela manhã força o sol a se por
Troa feroz em meu grito demente
Ruge soturno em tom perturbador
Ferve meu sangue, me deixa doente
É um dos lados avessos do amor
Deixa-me livre ó vil sentimento
Quero nutrir só o bem em meu peito
Ser o mais calmo e manso possível
Devo contar como é meu pensamento
Penso que é certamente o respeito
Que faz de mim ser humano invencível
domingo, 18 de maio de 2014
Contraponto
Tento tanto
Conto, canto
Vendo gente
Sendo manso
Adianta?
Mundo lento
Muito vento
Vindo junto
Sinto tonto
Contraponto!
Tendo visto
Penso: Venço
Nunca canso
Minto; findo
Esperando.
Conto, canto
Vendo gente
Sendo manso
Adianta?
Mundo lento
Muito vento
Vindo junto
Sinto tonto
Contraponto!
Tendo visto
Penso: Venço
Nunca canso
Minto; findo
Esperando.
sábado, 17 de maio de 2014
Sensorial
O azul que vejo
O Amazonas, o Tejo
O sabor de seu beijo
É tudo ilusão
Sem meus olhos
A cor não fulgura
O rio se transfigura
Em água impura
Sem teus olhos
Sou só solidão
É por que sinto
Que tudo existe
E se tudo é tão triste
É que a tristeza
Mora em meu coração
Coração que não sente
Leva a culpa, inocente
Do que se passa na mente
O desejo, a loucura que insiste
Na latente paixão
O Amazonas, o Tejo
O sabor de seu beijo
É tudo ilusão
Sem meus olhos
A cor não fulgura
O rio se transfigura
Em água impura
Sem teus olhos
Sou só solidão
É por que sinto
Que tudo existe
E se tudo é tão triste
É que a tristeza
Mora em meu coração
Coração que não sente
Leva a culpa, inocente
Do que se passa na mente
O desejo, a loucura que insiste
Na latente paixão
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Decrepitude
Cobra, tempo implacável
Meu débito de prazer
Pago resignado
O que vou fazer
Se a finitude em meu leito se desdobra?
Obra inalienável
Minha vida devo viver
Grato, ensimesmado
Ou é melhor morrer
A sofrer o resto do tempo que me sobra?
Meu débito de prazer
Pago resignado
O que vou fazer
Se a finitude em meu leito se desdobra?
Obra inalienável
Minha vida devo viver
Grato, ensimesmado
Ou é melhor morrer
A sofrer o resto do tempo que me sobra?
terça-feira, 13 de maio de 2014
Prático
Não me importo com poesia
Não olho pro lado, não sinto o momento
As palavras que disse outro dia
Foram perdidas no vento
Não me cativam as flores
Penso no hoje, vou direto ao ponto
Se precisares, te sigo aonde fores
Mas como amigo, não como um tonto
Não olho pro lado, não sinto o momento
As palavras que disse outro dia
Foram perdidas no vento
Não me cativam as flores
Penso no hoje, vou direto ao ponto
Se precisares, te sigo aonde fores
Mas como amigo, não como um tonto
sábado, 10 de maio de 2014
Terra
Esfera azulada
Envolta em nada
Paciente, espera
A próxima rodada
Rotação
Na era passada
Trilhou nossa estrada
Persistente, esmera
Transcende a jornada
Translação
És fera acuada
Rugindo indomada
O magma, a cratera
A crosta transtornada
Revolução
Envolta em nada
Paciente, espera
A próxima rodada
Rotação
Na era passada
Trilhou nossa estrada
Persistente, esmera
Transcende a jornada
Translação
És fera acuada
Rugindo indomada
O magma, a cratera
A crosta transtornada
Revolução
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Empáfia
A Terra existiu sem nós
Por quatro e meio bilhões de anos
Estreando nesse palco
E nos sentindo sós
Prazer, somos humanos
Nossa história é o ponto final
De mil páginas do livro da vida
Ignorando esse fato
Sentindo-se a tal
Nossa espécie se sente a preferida
Por quatro e meio bilhões de anos
Estreando nesse palco
E nos sentindo sós
Prazer, somos humanos
Nossa história é o ponto final
De mil páginas do livro da vida
Ignorando esse fato
Sentindo-se a tal
Nossa espécie se sente a preferida
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