De tão pouca coisa me ocupo
Também nessas coisas fracasso
Me odeio, me firo, me culpo
Sucumbo ao imenso cansaço
Que rouba a beleza do dia
Põe sombra onde a luz vigorava
Compõe uma triste poesia
Arrasta-me, prende, me trava
De tão pouca coisa me orgulho
Pra tantos também não é nada
Na mediocridade mergulho
E fico com a alma afogada
Não quero deixar descendência
Legar sofrimento profundo
Melhor é agir com decência
Viver a despeito do mundo
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