Ao amigo Waldo, que optou por não prosseguir.
Chega de palavras melancólicas
Dou um basta para tudo
Este ser carrancudo que vagueia
Por insólitos vocábulos
Caiu na teia da depressão
Entrego-me resignado
À fria mão que me tateia
E não vou mais adiante
Desculpem-me aqueles
A quem tocou minha tristeza
Desculpe mãe natureza
Esta criatura insignificante
E sua ilusão de grandeza
Mas que louco!
A natureza não tem consciência
E nem sentido algum
Além da sobrevivência
Para ela sou mais um
A carregar genes egoístas
Mas não deixarei descendência
Nem pistas
Vou sumindo pouco a pouco
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