sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Caixa forte

Fortemente protegido
Pelas trancas de papel
Nada entre terra e céu
Me pega desprevenido

Portas de algodão tecido
Numa trama intransponível
Me fazem inalcançável
Em plena praça escondido

Me protege um Deus de vento
Estou certo cem por cento
Que de tudo estou no centro
Minha dúbia convicção

É...

Por minha conta somente
Do infinito, inconsciente
Vagueio solenemente
Escorado na ilusão

Santa probabilidade
Que não seja eu o tal
Vitimado pelo mal
Ou pela fatalidade

Em minha fragilidade
Me protege um animal
E sou grato ao meu igual
Pela solidariedade

Nenhum comentário:

Postar um comentário