quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Abissal

Nos mais sombrios pensamentos mergulhado
Afogo esta existência sem sentido
Passo inerte os dias, noites acordado
Com a alma destroçada, mortalmente ferido

Nos estertores da esperança reconheço
Num relance que aterroriza a consciência
Que não sei de nada, que me desconheço
Não sei meu futuro, presente ou proveniência

Profundo mar de escuridão com criaturas abomináveis
Será que te atravessarei, ou tocarei teu leito?
Será que tais agruras são contornáveis?

Porque quando estamos no meio delas não tem jeito
A calmaria às vezes é pior que a borrasca
Aprisiona os sentidos, entorpece o peito

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